A avaliação, escreve Charles Hadji, "consiste em atribuir um valor" - ou [...]um sentido - a uma situação real, à luz de uma situação desejada, com isso confrontando o campo da realidade concreta e o das expectativas, e, portanto, articulando uma referência e um referente"(Charles Hadji, 1989). O avaliador, assinala substancialmente o mesmo autor, não é um observador (que examina o que é),nem um preceituador(que enuncia o que deve ser). Poderiamos dizer que é um "comparador", que mede a distância entre o que é e o que poderia ser.
Como se vê, falar de avaliação em termos de comparação ajuda a compor uma imagem binária, avaliar não é apenas considerar que um trabalho é satisfatório ou não.
Avaliar é interpretar os dados, fazer emergir sentido, revelar o qualitativo no quantitativo: o que significa essa nota, esta prova?. Avaliar[...] é interpretar os dados, fazer emergir sentido(valor). O verdadeiro problema do avaliador não é inventar um sistema pertinente de notação, mas decidir o que significa e o que devem ser prenchidas e quais são, ao contrário os pontos fortes sobre os quais se pode ter esperanças.
(Michel Barlow.2006)
A avaliação tem sido assunto comum nos meios educacionais, mas cada um conceitua e interpreta esse termo com significados distintos, sem dúvida, cada um age em nome de uma avaliação de qualidade e defenderá que a sua é uma boa avaliação.
A todos aqueles que estudam avaliação
Gostaria de agradecer a passagem por aqui e dizer a todos que sejam bem-vindos.
Aproveito para pedir que cada um possa compartilhar comigo as suas dúvidas, certezas e questionamentos sobre o tema, para que possamos, como diz o Professor Luckesi, estabelecer um grupo de estudos e análise sobre a avaliação, na tentativa de vencermos modelos há tempos superados.
Aproveito para pedir que cada um possa compartilhar comigo as suas dúvidas, certezas e questionamentos sobre o tema, para que possamos, como diz o Professor Luckesi, estabelecer um grupo de estudos e análise sobre a avaliação, na tentativa de vencermos modelos há tempos superados.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
domingo, 10 de outubro de 2010
O que fica disto tudo...
Sexta-feira dia 08/10/2010, apliquei um instrumento de coleta de dados(escolhi uma prova de análise e compreensão) na turma do 6º semestre de Pedagogia - com o objetivo de acompanhar a comprensão da turma sobre as fases de evolução da verificação da aprendizagem dos alunos e trabalhar com a promoção da I Unidade - atribuição de escore.
Cada semestre é uma novidade, mesmo repetindo a disciplina é sempre possível vivenciar situações diferentes, a aplicação do instrumento revelou uma turma bastante diversificada, algumas entregaram em branco, outras reclamaram que não gostam da disciplina, e outras que não conseguiam entender o que o assunto queria dizer, algumas gostaram bastante e elogiaram a elaboração do instrumento.
Tenho alguns questionamentos que gostaria que a turma respondesse:
a) O que não gosta na disciplina: a forma como eu construo as situações de aprendizagem ou a disciplina em si?
b) o que foi complicado no instrumento para respondê-lo? os enunciados não eram claros o suficiente?
c) ficaram com medo de responder o instrumento por acharem dificil, ou não terem estudado o suficiente?Alías qual sentimento foi gerado? Coloquei medo, mas não sei se foi este mesmo, ou outros.
d) Acham que o resultado refletirá o quê?
e) Como vocês acham que devemos verificar o aprendizado para efeito de promoção? E ao sugerirem os tipos de instrumentos justificar por que, este você acha adequado.
Enfim, este primeiro instrumento aplicado, não tem até agora, revelado que até este semestre, as turmas não conseguiam aprender a história e a episteme da avaliação da aprendizagem.
Portanto, agora com esta dificuldade vivcenciada por esta turma a avaliação do processo possibilitará um recomeço e novas possibilidades.
Quero que vocês respondam para a gente discutir na próxima aula.
Abraços
Bom feriado.
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