A todos aqueles que estudam avaliação

Gostaria de agradecer a passagem por aqui e dizer a todos que sejam bem-vindos.
Aproveito para pedir que cada um possa compartilhar comigo as suas dúvidas, certezas e questionamentos sobre o tema, para que possamos, como diz o Professor Luckesi, estabelecer um grupo de estudos e análise sobre a avaliação, na tentativa de vencermos modelos há tempos superados.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

E que possamos refletir sobre 2009

Eu discuto e estudo sobre um tema que nesta época do ano aparece de forma digamos até que um pouco exagerada - é avaliação final na escola, é exame de vestibular( para determinar que terminamos uma etapa e começamos outra) e principalmente é a avaliação sobre o ano que termina, ações, realizações, perdas, ganhos, amigos que chegam, amigos que se vão (será que algum dia poderão ser realmente considerados amigos?), enfim buscamos através da avaliação que neste caso se apresenta como somatória( uma soma da qualidade de acertos, daquilo que pode ser aproveitado para o ano que vem, assim como a soma do que não prestou, do que fizemos de errado, para descartarmos e não repetimos) , os dados necessários para que tenhamos um feedback que nos oriente na ressignificação da nossa caminhada para que possamos fazer diferente e melhor.
O professor Luckesi(2004) nos diz que o sentido da avaliação está na melhoria da qualidade de vida daqueles que são avaliados, nesse sentido, não importaria todo este processo de avaliação se não fosse para que o ano que se inicia seja diferente e melhor.

Brindemos a 2010

domingo, 13 de dezembro de 2009

Reflexões...

Mais uma vez ao terminar um semestre ministrando uma disciplina que trata da episteme e da história da avaliação da aprendizagem, surgem alguns questionamentos que acabam me permitindo um processo rico de reflexão.
O primeiro deles é :até que ponto os instrumentos utilizados para coletar os dados sobre a aprendizagem dos alunos e do próprio grupo efetivamente me possibilitaram informações sobre o processo e o resultado dos alunos e do grupo?
Os teóricos sobre o tema na sua maioria para não acatar que é uma unamidade, afirmam que a diversidade dos instrumentos é condição fundamental para que os dados coletados possam informar com riqueza o quanto os alunos aprenderam,.
No entanto, para coletar dados no intuíto de classificação optei por três no semestre, e confesso não houve diversidade, optei pela prova, embora as mesmas tenham sido construídas de forma diferente e com objetivos diferentes. E ai fica uma outra questão: Como pode uma professora que estuda a avaliação há tanto tempo e que efetivamente compreende a importância da diversidade e da utilidade dos instrumentos no momento de classificação os diversifica tão pouco? E ai respondo a vocês caros leitores, depois de 14 anos trabalhando como professora na Educação Superior, com disciplinas de 60 e 75 horas, pude constatar que o Regimento da Universidade quando aponta a realização de três por semestre já oferece uma quantidade suficiente, porque entende e eu entendo da mesma forma que para a classificação três instrumentos em um semestre com uma carga horária tão pequena é suficiente.
Além do que paramos para aplicá-los e com três por semestre , já utilizamosjuma carga horária de no mínimo seis horas para esta aplicação, e se aplicassemos mais teríamos então uma carga horária de estudos efetivamente ainda menor.
Sendo assim e claro não simplificando a questão com este argumento, acrescento um que me tranquiliza: O processo avaliativo ocorre durante todo o processo e ao fazer a avaliação individual e do grupo percebo que tenho informações suficiente para auxiliar tanto o grupo quanto a cada um deles individualmente.
Sendo assim, acredito que tenho trilhado um caminho certo, pois utilizo a observação constante como um instrumento e que durante o percurso vou coletando dados, e com eles vou ressignificando a minha relação de trabalho com o grupo e com cada aluno individualmente.
Além do que os instrumentos aplicados são elementos constantes de informação para professor e alunos porque posso corrigir ,devolver e refazer. Com muitos dificilmente pelo pouco tempo teria esta oportunidade.

domingo, 1 de novembro de 2009

A organização do Banner para a apresentação da pesquisa sobre avaliação na educação infantil

O banner dever ser organizado segundo as orientações abaixo:
A apresentação do trabalho será no dia 10/12/2009 e junto com a apresentação o artigo sobre o tema proposto.

Largura: 90 cm
Altura: 1 metro
O cabeçalho deve constar o simbolo da UESB. o nome da universidade, do colegiado e da disciplina, professora e grupo.
Introdução: apresentando o trabalho
Objetivos
Discussão teórica
Considerações finais
Bibliografia.
A análise de dados irá permitir apontar quais concepções existem entre os professores sobre avaliação da aprendizagem na educação infantil e anos iniciais e como as práticas acontecem, as considerações devem apontar quais conclusões foram tiradas pelo grupo.
maiores esclarecimentos favor solicitar.

domingo, 18 de outubro de 2009

Alguns pontos necessários para compreender R. Tyler

De acordo com Tyler, a avaliação é: Um processo mediante o qual se determina até que ponto tem sido alcançado as metas propostas;
Segundo Tyler as decisões acerca dos programas deviam estar baseadas necessariamente na coincidência ente os objetivos do programa e seus resultados reais; E estabelece alguns procedimentos para que se possa avaliar o programa:
  1. Estabelecer as metas e os objetivos;
  2. Ordenar os objetivos em amplas classificações;
  3. Definir os objetivos em termos de comportamento;
  4. Estabelecer situações e condições segundo a qual podem ser demonstrada a consecução dos objetivos;
  5. Explicar os propósitos e os tipo de estratégia mais importante nas situações mas adequadas;
  6. Comparar os dados colhidos com os objetivos de comportamento.
As evidências sobre o comportamento e o rendimento do aluno proporciona um método de avaliação adequado;
O método tyleriano dispõe de vantagens sobre outros método já que: tem em conta o conhecimento, as intenções do programa, todas suas metas, objetivos comportamentais e os procedimentos que tem que ser colocado em prática para que se alcance os êxitos;
Tyler via a avaliação como um processo recorrente.

Estes pontos permitem compreender a perspectiva tyleriana sobre a avaliação não precisamos aceitar ou concordar, mas conhecendo e compreendendo as suas posições seja possível modificar as posturas avaliativas vigentes .

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Aula 15 /10

Pessoal estou em Brasília só chego na sexta-feira, por isso não teremos aula, também em função da viagem com a Professora Sirlândia.
Por isso preciso do trabalho com o texto de Tyler como sem falta para a próxima segunda-feira, iremos trabalhar com ele e preciso da participação e comprometimento de todos.
Professora Cácia

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A ratio studorum

Em sua organização a ratio deixa especificado como devem ocorrer a promoção dos alunos ou a sua renteção, neste texto extraido do site http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/fontes_escritas/1_Jesuitico/ratio%20studiorum.htm, fizemos uma compilação das regras estabelecidas para tal fim. vejam como é interessante identificar que até hoje mantemos as mesmas posturas e regras.
Promoção. - A promoção geral e solene far-se-á uma vez no ano, depois das grandes férias. Se um ou outro porém, se distinguir notavelmente e mostrar que fará mais progressos na classe superior do que na sua (o que se po­derá averiguar pela inspeção da pauta e parecer do pro­fessor), não se retenha, mas em qualquer época do ano, mediante exame, seja promovido, da primeira classe de Gramática, porem, para as de humanidades, por causa da métrica, que se explica no segundo semestre, e da classe de Humanidades para a de Retórica, por causa de compêndio de Cipriano [Soares], só por exceção poderá alguém ser promovido.

14. Exame escrito. - Para o exame em todas as classes haja um, ou se for mister, dois trabalhos de prosa; na classe superior de Gramática e na de Humanidades - também um de poesia , e, se parecer melhor, após intervalo de alguns dias, uma prova de grego.

15. Promulgação das normas de exame. - Providencie, para que, com a antecedência de dois ou três dias, os professores anunciem a matéria da prova escrita e leiam em todas as classes as normas do exame indicadas no fim destas regras.

16. Presidência do Prefeito. - À prova escrita presida o próprio Prefeito de estudos ou substituto que ele designar. No dia para ela marcado, dado o sinal, indique a ma­téria, que deve ser antes breve que longa.

17. Entrega das provas aos examinadores. - Conserve consigo as composições reunidas em pacote, por ordem alfabética e, se não houver impedimento, distribua entre os examinadores para que, se parecer bem, leiam e notem os erros à margem.

18. Examinadores. - Deverão ser três os examinado­res. Um deles será, por via de regra, o próprio Prefeito; os outros dois serão escolhidos pelo Reitor com o Prefeito entre pessoas versadas nas boas letras e, possivelmente, não professores. A decisão será tomada por maioria dos três sufrágios. Se for elevado o número de alunos, nada impede que se constituam duas ou mais comissões ternárias de examinadores.

19. Número dos examinandos. - Os alunos sejam chamados em grupos de três, ou mais, principalmente nas classes inferiores e outros tantos sejam em seguida enviados pelo mestre em ordem alfabética ou outra mais conveniente.

20. Pautas do professor. - Os examinadores, antes de tudo, percorram a pauta do professor e nela verifiquem as notas atribuídas a cada aluno, que se aproxima do exame e, se for mister, compare com as pautas anteriores do mesmo ano para que melhor se veja o progresso que cada qual fez ou poderá fazer.

21. Processo do exame. - O exame se processará do seguinte modo: primeiro, leia cada qual uma parte de sua composição, se se julgar conveniente, ordene-se-lhe, em se­guida, que corrija os erros, dando a razão de cada um e indicando a regra violada. Aos gramáticos, proponha-se, depois, a versão imediata para o latim de um trecho ver­náculo e a todos se interroguem as regras e outros assuntos estudados nas classes respectivas. Por último, se for neces­sário, exija-se uma explicação breve de um trecho dos livros explanados em aula.

22. Quando se devem dar os votos. - Terminado o exame de cada grupo de três, quando esta fresca ainda a memória dos examinadores, dêem-se os votos sobre os exames feitos levando em conta a composição escrita, a nota do professor e a prova oral.

23. Sobre os duvidosos. - Para decidir acerca dos alunos duvidosos, examine o Prefeito os trabalhos escritos, cada dia, durante alguns períodos de tempo, consulte os mesmos examinadores se convém submetê-los a novas pro­vas escritas e orais. Em casos de dúvida tenha-me ainda presente a idade, o tempo passado na mesma classe, o talento e aplicação.

24. Conservar secreta a decisão. - Terminado o exame, conservem-se em segredo o que foi decidido a respeito de cada aluno, a não ser a apresentação a cada professor de sua pauta, antes da leitura pública.

25. Ou ineptos. - Se se verificar que alguém é de todo inepto para ser promovido, não se atendam pedidos. Se alguém for apenas apto, mas, por causa da idade, do tempo passado na mesma classe ou por outro motivo, que deve ser promovido, promova-se com a condição, se nada a isto se opuser de que, no caso em que a sua aplicação não corresponda às exigências do mestre, seja de novo enviado à classe inferior; e o seu nome não deverá ser incluído na pauta. Se alguns, finalmente, forem tão ignorantes que não possam decentemente ser promovidos e deles nenhum aproveitamento se possa esperar na classe, entenda-se com o Reitor para que, avisados delicadamente os pais ou tutores, não continuem inutilmente no colégio.

26. Promulgação. - A lista dos promovidos deverá ser lida publicamente ou em cada classe, ou, numa só sala, a todos reunidos. Os que muito se distinguiram, entre os colegas, leia-se em primeiro lugar como uma honra, na leitura dos outros, observe-se a ordem alfabética ou a promoção.

27. Listas dos livros. - Antes da reabertura das aulas, consulte a tempo com o Reitor sobre a organização das lista de livros que, durante o ano, deverão ser explica nas nossas aulas, para que se comunique ao Prefeito Geral e aos professores. Do mesmo modo se determinem os livros ou autores que, porventura, durante o ano, deverão ser substituídos.

28. Abundância de livros. - Providencie a tempo com os livreiros públicos afim de que não venham a faltar os livros que os nossos estudantes e os de fora terão que usar diariamente ou no ano seguinte.

29. Determinação de lugares. - No princípio de cada ano, pessoalmente ou por meio dos professores, determine para cada estudante, por meio dos seus superiores para cada, aluno um pensionista, o seu lugar de aula e os confessores, a não ser que, aqui ou ali, a ordem dos luga­res obedeça à ordem de formação. Aos nobres, (1832: onde houver esse costume) se assinem os lugares mais distintos; aos nossos e também a outros religiosos, se houver, bancos separados dos externos; e não consinta que, sem seu conhecimento, se introduza alguma mudança notável.

30. Tempo de estudo privado. -É de grande importância que não só aos nossos estudantes, mas também aos alunos internos e, se possível, também aos externos, o Prefeito, por meio dos Professores ou dos outros Prefeitos dos respectivos colégios, lhes determine um horário que reserve um bom tempo ao estudo privado.

31. Nenhuma dispensa. - A não ser por motivo grave, não dispense a ninguém, sobretudo por longo tempo, da composição dos versos e do estudo do grego.

32. Declamações mensais. - Procure que as declamações mensais (festivas) dos retóricos, nas suas aulas, sejam abrilhantadas pela presença não só dos retóricos e humanistas, mas também dos alunos das classes superiores. Avise, para isso aos Professores que convidem os seus alu­nos; dos nossos, nenhum poderá faltar sem licença do Reitor.

33. Desafios das aulas. - Considere o tempo, o modo e o lugar em que se deverão reunir as aulas para os desafios entre si; não só prescreva com antecedência o método da discussão, mas ainda, durante o debate, procure com a sua presença que tudo proceda com fruto, modéstia e se­renidade. Do mesmo modo esteja presente às declamações ou preleções que os retóricos e humanistas costumam rea­lizar no ginásio.

34. Academias. - Afim de que mais profundamente se gravem os exercícios literários, procure, com o parecer do Reitor que, não só nas classes de Retórica e Humanidade, mas também de Gramática, se fundem Academias, nas quais, em dias certos, segundo as normas fixas indicadas no fim deste livro, se realizem, pôr turnos, preleções e outros exercícios de um bom estudante.

35. Prêmios públicos. - Lembre a tempo ao Superior a distribuição de prêmios e as declamações ou então, porventura, se devem realizar. Nesta distribuição observem-se as normas que vão indicadas no fim destas regras e deverão ser lidas em todas as classes antes das provas escritas.

36. Prêmios particulares. - Procure que, além dos prêmios públicos, os professores estimulem em suas aulas, os alunos com pequenos prêmios particulares, ou outros símbolos de vitória dados pelo Reitor do Colégio e que sejam merecidos por quem venceu o adversário, repetiu ou aprendeu de cor um livro, ou realizou algum outro esforço notável.

domingo, 27 de setembro de 2009

Aula de 28/09/2009

Oi pessoal, estaremos trabalhando com um instrumento amanhã para que eu possa coletar dados sobre o entendimento e a aprendizagem desenvolvida por vocês durante os estudos sobre a análise histórica e epistemológica da avaliação da aprendizagem.
Nos arquivos do blog temos vários textos que orientam e fundamentam estas discussões.
abraços e bom domingo
Professora Cácia

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O ato de examinar e os exames

Como é dificil avaliar, entender que os exames são diferentes da avaliação, mas que a avaliação utiliza o exame para coletar dados, confunde qualquer um.
Então vamos tentar esclarecer um pouco... Segundo Luckesi(2003) os exames, modelo de verificação da aprendizagem dos alunos utilizados por Comenius em sua Didática Magna e pelos jesuítas na Ratio Studiorun apresentam características que permanecem até hoje nas práticas avaliativas, com regras especificas cumpriam rituais, o professor elemento externo ao processo não se comprometia com os resultados obtidos pelos alunos.
No entanto o exame como ato de observação, de checagem permite coletar dados que possibilitam ao avaliador construir um diagnóstico necessário sobre a situação analisada e assim ser possível tomar uma postura de mudança e de novos encaminhamentos caso seja necessário.
Ainda existe os exames utilizados pela avaliação como medida, que ao não se contentar somente com o ato de examinar passa a estabelecer uma escala de medida, justificando assim uma objetividade que se dizia necessária a avaliação da aprendizagem dos alunos.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Não tem como não repetir esta charge, pensem sobre esta questão.

A avaliação é muito mais do que prova ou nota....


Ao começarmos mais uma disciplina sobre avaliação da aprendizagem me deparo novamente com a mesmas indagação: como é complicado professora, pensei que avaliação era só aplicar a prova e dá nota. Aviso aos navegantes que não, muito pelo contrário ela vai além, e possibilita a educação, assim como em outros espaços, reoorganizar, redirecionar, buscar novos caminhos para que cuide de algo fundamental tanto na macro avaliação quanto na micro avaliação - que o aluno aprenda.

Avaliar significa antes de mais nada, oferecer informações aos sujeitos que fazem parte do processo de como o mesmo ocorre, da necessidade de modificar o processo ou de seguir em frente tal como foi planejado.

Para tanto é necessário entender como a mesma se processa no sistema educativo históricamente, em como a mesma se consituiu, e de que forma tem se apresentado para professores e alunos.

Sendo assim convido a todos a buscarem entender a origem histórica e epistemológica da avaliação educacional e da avaliação da aprendizagem, pois somente dessa forma poderemos ressignificá-la no sistema educacional.

domingo, 23 de agosto de 2009

O que esperar de 2009.2

Oi pessoal, sejam bem vindos a disciplina avaliação da aprendizagem:

Estamos começando mais um semestre, para vocês, novas disciplinas, incluindo avaliação da aprendizagem. Tudo novo, novas discussões, novas possibilidades e dentre uma delas: a desmitificação de paradigmas avaliativos.
E para mim:Como recomeçar?Terei que repetir tudo? Tenho pensado muito, em como é possível para nós professores, recomeçar e vivenciar as mesmas coisas, e ai que afirmo que entra a avaliação, se você a utiliza no seu processo, a mesma vai te possibilitar refazer caminhos e expectativas, pois te oferece um diagnóstico para que tenha informações sobre como o caminho foi pecorrido, ou seja, o que deu certo, se repete com novas perspectivas, o que não deu certo modifica-se.
Sendo assim, embora a perspectiva seja repetir, com as respostas do semestre anterior, modifiquei e pretendo começar uma nova caminhada com novos elementos, para que eu consiga criar novos avaliadores e modificar concepções e práticas há tanto enraizadas.
Abraços
Pró Cácia Rehem

terça-feira, 30 de junho de 2009

Algumas considerações dos alunos do Curso de Pedagogia do 6º semestre sobre a avaliação da aprendizagem

Os alunos ao serem encaminhados para observação da prática dos professores da ed. infantil sobre a avaliação da aprendizagem tinham como objetivo inicial identificar como os professores desse nível de ensino realizavam o processo avaliativo.
Entendemos que a avaliação não existe com um fim em sí mesmo, não é um elemento do processo de ensino-aprendizagem que busque a sua realização apenas para afirmar que existe ou que ocorre.
Como a aprendizagem ocorre em processo, a avaliação cumpre o papel de acompanhamento deste mesmo processo, buscando na realidade informações suficientes para que professores e alunos cientes da sua caminhada possam corrigí-lo caso necessário.
A análise dos dados realizados pelos alunos, possibilitou algumas considerações:
  1. A avaliação da aprendizagem como discurso está caracterizada em uma perspectiva formativa;
  2. Nã foi possível enxergar elementos suficientes nas práticas analisadas que dessem conta de informar que os professores mudam a sua prática ou refazem a sua caminhada a partir do diagnóstico realizado com os alunos;
  3. A avaliação na prática tem se caracterizado como algo relacionado ao processo de classificação ou de preenchimento de documentos distante da sua função que é de informação para tomada de atitude.
  4. Mesmo utilizando a avaliação diagnóstica dificilmente os professores se apropriam da mesma para redirecionar a aprendizagem dos alunos.
  5. Ainda se preocupam com a progressão ou promoção do aluno, inclusive indicando a possibilidade de retrocesso dos alunos caso o tempo deles de aprendizagem não seja o mesmo da escola.
  6. Existe segundo os dados coletados, uma descreça e em alguns casos "uma preguiça" de alguns professores com relação ao processo de ensino e de aprendizagem, e não retomam ou modificam a caminhada não por desconhecimento do caminho correto, mas por pura falta de vontade.

Enfim, não tem sido diferente em nenhum nível de ensino com relação a avaliação da aprendizagem enquanto concepção e prática: o discurso aponta para uma avaliação formativa e progressiva e a prática para um descaso com o processo avaliativo, e a utilização do mesmo somente para cumprir rituais pré-estabelecidos pelo sistema educativo.















































































A avaliação da aprendizagem na Educação Infantil




domingo, 24 de maio de 2009

Nada como a prática para entendermos a teoria...

Tenho estudando a avaliação da aprendizagem principalmente pelo interesse que o tema como professora me desperta, mas a avaliação da aprendizagem na educação infantil(entendendo a mesma do 0 aos 12 anos) me parecia um pouco distante do meu fazer e as vezes da minha compreensão, até aceitava as notas e a classificação como algo comum e necessário. Hoje vivencio o cotidiano, embora vivenciasse na pré-escola com o mesmo que hoje está no 2 ano, questionava a ficha de avaliação, mas aceitava porque não via a classificação para reter ou promover, mas ele aprendia e o processo não era massacrante nem aparecia para ele como algo que dizia que ele era dez ou zero.
Agora quando ele adentra no ensino fundamental ( 2o a 5o ano) recebo o seu primeiro Boletim, ele já chega em casa, assutado, não quer mostrar o boletim e diz que é burro, que tirou as menores notas da sala, falo que não, que ele é excelente e tenho visto isso, no dia a dia acompanhando a sua aprendizagem. No entanto ao observar os critérios em que ele obteve as notas, ai que fiquei mais perplexa... ATIVIDADE PROGRAMADA(PROVA) - VALOR - 3,0 - EVOLUÇÃO DA APRENDIZAGEM - VALOR -1,0 CUMPRIMENTO DAS TAREFAS - VALOR - 3,0 E O OUTRO QUE AGORA NÃO ME RECORDO, MAS QUE TAMBÉM VALE- 3,0, com relação a aprendizagem somente três pontos e no mais questões que precisavam ser observadas para serem corrigidas no cotidiano, já que as mesmas estão atrapalhando a aprendizagem e não para atribuir escores - como avaliamos a aprendizagem e atribuímos valores a questões relacionadas ao processo? A coordenadora disse-me se eu estava atenta a dedicação dele com as atividades e os estudos - respondi que sim, entendendo que ele tem seis anos, e que o conceito de dedicação para ele ainda é muito vago, e ai imaginei que ela achava que ele não estava se dedicando o suficiente, atribuir notas a não realização das atividades me parece um encaminhamento muito ruim para algo que tem que se constituir como um dos elementos do processo e não como algo que tem que ser feito para atribuir valores, e se mesmo não cumprindo todos em casa, na sala ele consegue desenvover a sua aprendizagem? Como justificar atribuir valores a não realização das atividades em casa e ainda atribuir este fato como dedicação? o que importa é a aprendizagem ou a atribuição de notas? As professoras conseguem definir o que é necessário para que isto não ocorra mais, quais são as dificuladades e o que será preciso para corrigir?Enfim muitas questões surgem e imagino agora como poderíamos desenvolver um modelo de avaliação da aprendizagem para este nível de ensino que priorizasse a aprendizagem e o controle da mesma, que resumisse a classificação a diagnóstico, que possibilitasse aos meninos e meninas aprender, simlesmente aprender. Breve especificarei esta proposta...

terça-feira, 19 de maio de 2009

Quando realmente avaliamos os nossos alunos?

Esta pergunta surge em decorrência de um momento em sala de aula, onde ao propor uma atividade de aprendizagem me deparei com a seguinte questão - Professora ou fazemos esta atividade ou fazemos ou instrumento de coleta de dados(para finalizar a unidade e atender ao regimento da Universidade- atribuindo um valor) - como assim? Em que momento ao trabalhar com a disciplina avaliação da aprendizagem eu deixei de explicar o processo de ensino-aprendizagem como um momento em que professores e alunos juntos dialogam com o conhecimento e ao analisarem podem propor novos contextos e ressignifica-lo? Em que momento a coleta de dados para classificar os alunos, foi mais importante para mim como professora do que a aprendizagem dos alunos - Que começo a questionar-será que conseguimos fazer com os alunos do ensino superior realmente aprendam? como sabemos que realmente aprenderam? Como confiar e certificar um aluno atestando que o mesmo é médico, engenheiro, professor, biólogo, dentista, etc?A avaliação que desenvolvemos da conta desse processo, ou como diria uma professora entrevistada por mim " Não posso afirmar com segurança que a avaliação que desenvolvo me dá informações sobre se realmente o aluno aprendeu não, não respondo com segurança sobre isso" - São perguntas que tenho buscado responder na tentativa de entender e construir um processo de avaliação na Universidade que seja claro para mim e para os alunos. Que não comprometa a relação e que não dificulte a participação e o interesse pela disciplina.

segunda-feira, 4 de maio de 2009