A todos aqueles que estudam avaliação

Gostaria de agradecer a passagem por aqui e dizer a todos que sejam bem-vindos.
Aproveito para pedir que cada um possa compartilhar comigo as suas dúvidas, certezas e questionamentos sobre o tema, para que possamos, como diz o Professor Luckesi, estabelecer um grupo de estudos e análise sobre a avaliação, na tentativa de vencermos modelos há tempos superados.

domingo, 24 de maio de 2009

Nada como a prática para entendermos a teoria...

Tenho estudando a avaliação da aprendizagem principalmente pelo interesse que o tema como professora me desperta, mas a avaliação da aprendizagem na educação infantil(entendendo a mesma do 0 aos 12 anos) me parecia um pouco distante do meu fazer e as vezes da minha compreensão, até aceitava as notas e a classificação como algo comum e necessário. Hoje vivencio o cotidiano, embora vivenciasse na pré-escola com o mesmo que hoje está no 2 ano, questionava a ficha de avaliação, mas aceitava porque não via a classificação para reter ou promover, mas ele aprendia e o processo não era massacrante nem aparecia para ele como algo que dizia que ele era dez ou zero.
Agora quando ele adentra no ensino fundamental ( 2o a 5o ano) recebo o seu primeiro Boletim, ele já chega em casa, assutado, não quer mostrar o boletim e diz que é burro, que tirou as menores notas da sala, falo que não, que ele é excelente e tenho visto isso, no dia a dia acompanhando a sua aprendizagem. No entanto ao observar os critérios em que ele obteve as notas, ai que fiquei mais perplexa... ATIVIDADE PROGRAMADA(PROVA) - VALOR - 3,0 - EVOLUÇÃO DA APRENDIZAGEM - VALOR -1,0 CUMPRIMENTO DAS TAREFAS - VALOR - 3,0 E O OUTRO QUE AGORA NÃO ME RECORDO, MAS QUE TAMBÉM VALE- 3,0, com relação a aprendizagem somente três pontos e no mais questões que precisavam ser observadas para serem corrigidas no cotidiano, já que as mesmas estão atrapalhando a aprendizagem e não para atribuir escores - como avaliamos a aprendizagem e atribuímos valores a questões relacionadas ao processo? A coordenadora disse-me se eu estava atenta a dedicação dele com as atividades e os estudos - respondi que sim, entendendo que ele tem seis anos, e que o conceito de dedicação para ele ainda é muito vago, e ai imaginei que ela achava que ele não estava se dedicando o suficiente, atribuir notas a não realização das atividades me parece um encaminhamento muito ruim para algo que tem que se constituir como um dos elementos do processo e não como algo que tem que ser feito para atribuir valores, e se mesmo não cumprindo todos em casa, na sala ele consegue desenvover a sua aprendizagem? Como justificar atribuir valores a não realização das atividades em casa e ainda atribuir este fato como dedicação? o que importa é a aprendizagem ou a atribuição de notas? As professoras conseguem definir o que é necessário para que isto não ocorra mais, quais são as dificuladades e o que será preciso para corrigir?Enfim muitas questões surgem e imagino agora como poderíamos desenvolver um modelo de avaliação da aprendizagem para este nível de ensino que priorizasse a aprendizagem e o controle da mesma, que resumisse a classificação a diagnóstico, que possibilitasse aos meninos e meninas aprender, simlesmente aprender. Breve especificarei esta proposta...

Nenhum comentário: