A todos aqueles que estudam avaliação

Gostaria de agradecer a passagem por aqui e dizer a todos que sejam bem-vindos.
Aproveito para pedir que cada um possa compartilhar comigo as suas dúvidas, certezas e questionamentos sobre o tema, para que possamos, como diz o Professor Luckesi, estabelecer um grupo de estudos e análise sobre a avaliação, na tentativa de vencermos modelos há tempos superados.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Quando realmente avaliamos os nossos alunos?

Esta pergunta surge em decorrência de um momento em sala de aula, onde ao propor uma atividade de aprendizagem me deparei com a seguinte questão - Professora ou fazemos esta atividade ou fazemos ou instrumento de coleta de dados(para finalizar a unidade e atender ao regimento da Universidade- atribuindo um valor) - como assim? Em que momento ao trabalhar com a disciplina avaliação da aprendizagem eu deixei de explicar o processo de ensino-aprendizagem como um momento em que professores e alunos juntos dialogam com o conhecimento e ao analisarem podem propor novos contextos e ressignifica-lo? Em que momento a coleta de dados para classificar os alunos, foi mais importante para mim como professora do que a aprendizagem dos alunos - Que começo a questionar-será que conseguimos fazer com os alunos do ensino superior realmente aprendam? como sabemos que realmente aprenderam? Como confiar e certificar um aluno atestando que o mesmo é médico, engenheiro, professor, biólogo, dentista, etc?A avaliação que desenvolvemos da conta desse processo, ou como diria uma professora entrevistada por mim " Não posso afirmar com segurança que a avaliação que desenvolvo me dá informações sobre se realmente o aluno aprendeu não, não respondo com segurança sobre isso" - São perguntas que tenho buscado responder na tentativa de entender e construir um processo de avaliação na Universidade que seja claro para mim e para os alunos. Que não comprometa a relação e que não dificulte a participação e o interesse pela disciplina.

2 comentários:

Dijalma disse...

Entendo que Paulo Freire quando disse que “ninguém educa ninguém”, referia-se ao fato de considerar a educação uma troca de conhecimentos entre os envolvidos. Dessa forma, acredito que, por mais específico que possa ser o conteúdo aplicado pelo professor, o aluno terá sempre algo a acrescentar ao conhecimento discutido. Nesse contexto, aplicar uma avaliação que não seja formativa não teria sentido, uma vez que a mesma só deve existir a partir da perfeita interação entre professor e aluno. Este apresentando suas dificuldades de apreensão e aquele oferecendo as facilidades necessárias para a formação, ambos com um objetivo comum.

Anônimo disse...

Cácia, minha pró...

apesar de ainda estar em formação, gostaria de arriscar e dizer que: os alunos do ensino superior não chegam academicos. Diria a partir de mim que cheguei como uma mata brava que apesar de ter arvores fantástica (neste caso, outros conhecimentos) não foram suficiente para me tornar acadêmico. Acredito, pode ser ingenuo, que o pensamento critico é processo de contrução social, histórica...
alguns colegas aparentam não ter interesse algum em pesquisa, em textos longos ou outras atividades que apesar de serem mais "difíceis" nos permitirem uma formação mais solida, estes mesmos recursos são desprezados.
te digo que não é culpa sua, não desmerecendo é claro sua importância. Mas, pessoas modificam textos e nem por isso, geralmente se descobrem seus plagios, e são classificados com boas notas. Tem coisas que saem do controle mesmo. Cada um é responsavel por sua aprendizagem, sua formação. Infelizmente é dificil encontrar uma "lavoura" que não tenha pragas.
seria bom que na avaliação diagnóstica não tivesse apenas dados de conhecimentos prévios mas algum instrumento que pudesse evidenciar a motivação/interesse pela formação. Uma aprendizagem significativa não acontece quando estamos motivados a aprender? A coleta de dados para classificação, de forma individual exigiu de mim mais responsabilidade, mais esforço para assimilar os conhecimentos novos e ver sua aplicabilidade.
Enfim querida.fico com a resposta da sua entrevistada.Pois, até mesmo em lavouras mais refinadas (ensino superior) não ha como controlar de maneira total a incidência de algumas pragas.

Beijo no coração, que Deus lhe abençoe.