Como professora já apliquei várias formas de avaliação, ou seja pensando que era avaliação,utilizei os instrumentos de formas variadas: já fiz aos pouquinhos(aproveitando a moda do processual) já fiz somente em dois momentos - no meio e ao término da unidade, já tentei recuperar o aluno paralelamente(de forma equivocada) já que paralelo é junto e não entre as unidades como eu fazia, já apliquei os instrumentos em grupo, em dupla, e tantas outras maneiras, hoje entendo graças a Deus que - aprendo com o outro, mas não aprendo pelo outro. Nesse sentido , eu buscava como professora organizar da melhor maneira, tentar ser mais justa e vencer conceitos estabelecidos de forma tradicional, no desenvolvimento da minha prática avaliativa - até a não avaliação já foi por mim defendida.
Hoje entendo o caratér formativo da avaliação, entendo que se ficarmos tentado mercantilizar, vender o produto aos pouquinhos, criar um mercado de troca - o quanto vale? Nunca iremos desevolver uma prática avaliativa que realmente contribua para auxiliar o processo ensino-aprendizagem, no entanto a educação sistematizada cumpre propósitos específicos, a não avaliação não pode ser defendida, ao mesmo tempo que não podemos esquecer o rigor necessário no desenvolvimento da nossa prática avaliativa - rigor entendido aqui como um ato responsável, ético, compromissado - Sendo assim , penso que o ato de avaliar na escola, independente da concepção de educação, de sociedade, de homem, tem que cumprir um papel específico - cuidar para que o aluno aprenda.
Por isso, hoje compreendo que a avaliação não acontece nos momentos estanques, mas sim em todo o processo de ensino - quando organizo e desenvolvo as minhas aulas estou o tempo todo avaliando - ao perceber o aluno ausente, ao perceber aquele que participa, que cumpre os rituais estabelecidos que se envolve, ao observar aquele que interage que faz as leituras que questiona, que duvida, que busca outras perspectivas, eu estou avaliando e ressignificando o cotidiano do meu espaço acadêmico.
Então a nota entra no meu espaço como algo estabelecido e que tenho que cumprir, importa menos a nota atribuida e mais o dia a dia constituido - a cada aula bem recebida, a cada tema envolvente que mexe conosco, ao ouvir os meus alunos quebrando paradigmas estabelecendo novos conceitos, isto tudo é o que me importa, a nota vai aparacer no momento em que tenho que atribui-la, mas mesmo assim, não é de qualquer forma, aleatoriamente, ela também é fruto do processo construido e da participação de todos os sujeitos.
A avaliação tem sido assunto comum nos meios educacionais, mas cada um conceitua e interpreta esse termo com significados distintos, sem dúvida, cada um age em nome de uma avaliação de qualidade e defenderá que a sua é uma boa avaliação.
A todos aqueles que estudam avaliação
Gostaria de agradecer a passagem por aqui e dizer a todos que sejam bem-vindos.
Aproveito para pedir que cada um possa compartilhar comigo as suas dúvidas, certezas e questionamentos sobre o tema, para que possamos, como diz o Professor Luckesi, estabelecer um grupo de estudos e análise sobre a avaliação, na tentativa de vencermos modelos há tempos superados.
Aproveito para pedir que cada um possa compartilhar comigo as suas dúvidas, certezas e questionamentos sobre o tema, para que possamos, como diz o Professor Luckesi, estabelecer um grupo de estudos e análise sobre a avaliação, na tentativa de vencermos modelos há tempos superados.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
segunda-feira, 6 de abril de 2009
A distinção formativa-somativa da avaliação educacional e da aprendizagem
Para Scriven(1967) esta distinção contribuia para comprender a relação estabelecida entre o processo e o produto. Nesse sentido para o mesmo cabia ao avaliador em uma perspectiva formativa cuidar da qualidade do programa buscando corrigir as suas possíveis falhas ainda no processo de elaboração e durante a execução e em perspectiva somativa estimar os méritos de unidades de ensino e programas já executados.
Refletindo sobre esta distinção e compreendendo que ambas estão relacionadas de forma definitiva no processo avaliativo, é importante compreender que um processo sempre resulta em um produto e que quando o processo é cuidado e acompanhado com critérios previamente estabelecidos o produto resultante é significativo. No Brasil na década de 1980 com as denúncias sobre as práticas avaliativas que tinham a preocupação com o produto alcançado,compreendendo que o produto era fruto de uma classificação meramente quantitativa, surge a discussão sobre a importância de um acompanhamento do processo, entendemos assim como Scriven que a preocupação com o mesmo não inviabiliza, muito pelo contrário contibui para que o produto seja significativo, e em nenhum momento podemos separar estes aspectos que são distintos mais complementares.
Entendendo que somente através de uma avaliação diária do processo de ensino-aprendizagem poderemos obter um produto, fruto da educação sistemática ,com mais qualidade, contribuindo assim para cumprir a principal função da escola - ensinar o aluno e cuidar para que ele aprenda.
Refletindo sobre esta distinção e compreendendo que ambas estão relacionadas de forma definitiva no processo avaliativo, é importante compreender que um processo sempre resulta em um produto e que quando o processo é cuidado e acompanhado com critérios previamente estabelecidos o produto resultante é significativo. No Brasil na década de 1980 com as denúncias sobre as práticas avaliativas que tinham a preocupação com o produto alcançado,compreendendo que o produto era fruto de uma classificação meramente quantitativa, surge a discussão sobre a importância de um acompanhamento do processo, entendemos assim como Scriven que a preocupação com o mesmo não inviabiliza, muito pelo contrário contibui para que o produto seja significativo, e em nenhum momento podemos separar estes aspectos que são distintos mais complementares.
Entendendo que somente através de uma avaliação diária do processo de ensino-aprendizagem poderemos obter um produto, fruto da educação sistemática ,com mais qualidade, contribuindo assim para cumprir a principal função da escola - ensinar o aluno e cuidar para que ele aprenda.
Quadro Teórico
Avaliação como medida:
No final do século XIX e nas três primeiras décadas do séc XX, a avalição é caracterizada como medida; com a finalidade de organizar sistematicamente a avaliação da aprendizagem devido a grande demanda e exigências sociais, em perceber os resultados na área da educação.
Princípios básicos:
Cumpria a elaboração e aplicação de testes de natureza variada ao aluno que serviam para medir o nível de aprendizagem dos mesmos, tendo como principal representante Edward L. Thorndike, que utiliza os testes com fins classificatórios, elaborou escolas e técnicas quantitativas de medição.
Caráter:
Especificamente técnico, consistindo na essência em testes de verificação, mensuração e quantificação da aprendizagem dos estudantes.
No final do século XIX e nas três primeiras décadas do séc XX, a avalição é caracterizada como medida; com a finalidade de organizar sistematicamente a avaliação da aprendizagem devido a grande demanda e exigências sociais, em perceber os resultados na área da educação.
Princípios básicos:
Cumpria a elaboração e aplicação de testes de natureza variada ao aluno que serviam para medir o nível de aprendizagem dos mesmos, tendo como principal representante Edward L. Thorndike, que utiliza os testes com fins classificatórios, elaborou escolas e técnicas quantitativas de medição.
Caráter:
Especificamente técnico, consistindo na essência em testes de verificação, mensuração e quantificação da aprendizagem dos estudantes.
domingo, 5 de abril de 2009
Quadro Teórico
Exames:
Marco Inicial - Séc XIII - Idade Média - Não houve exames regulares antes desse período e antes da Universidade Medieval do tipo escolástico.
- O exame começa a se consituir quando com as Universidades e as licenciaturas começam a se configurar como um Grau. (Durkein)
- No final do século XVII surge uma outra fase do exame a Ratio Stiorum elaborada pelos jesuitas com o objetivo de levar a fé católica; esse metodo foi utilizado inicialmente para catequizar.
Na ratio studiorum - a orientação sobre avaliação estabelecia que a mesma deveria ser feita pelo mestre com o auxílio de um ajudante.
Publicada em 1632 a Didática magna apresentava orientações sobre o processo de ensino-aprendizagem.
Objetivo do exame segundo Luckesi - classificação, seletividade, unicamente com o intuito de reprovar ou aprovar.
Séc XIX - assiste a multiplicação dos exames e diplomas pondo em evidência o controle por pate do Estado dos processos de certificação.
Objetivo distribuir socialmente os individuos ; selecionar para o serviço público e posto de trabalho, sempre baseada na noção de mérito individual.
Marco Inicial - Séc XIII - Idade Média - Não houve exames regulares antes desse período e antes da Universidade Medieval do tipo escolástico.
- O exame começa a se consituir quando com as Universidades e as licenciaturas começam a se configurar como um Grau. (Durkein)
- No final do século XVII surge uma outra fase do exame a Ratio Stiorum elaborada pelos jesuitas com o objetivo de levar a fé católica; esse metodo foi utilizado inicialmente para catequizar.
Na ratio studiorum - a orientação sobre avaliação estabelecia que a mesma deveria ser feita pelo mestre com o auxílio de um ajudante.
Publicada em 1632 a Didática magna apresentava orientações sobre o processo de ensino-aprendizagem.
Objetivo do exame segundo Luckesi - classificação, seletividade, unicamente com o intuito de reprovar ou aprovar.
Séc XIX - assiste a multiplicação dos exames e diplomas pondo em evidência o controle por pate do Estado dos processos de certificação.
Objetivo distribuir socialmente os individuos ; selecionar para o serviço público e posto de trabalho, sempre baseada na noção de mérito individual.
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