A todos aqueles que estudam avaliação

Gostaria de agradecer a passagem por aqui e dizer a todos que sejam bem-vindos.
Aproveito para pedir que cada um possa compartilhar comigo as suas dúvidas, certezas e questionamentos sobre o tema, para que possamos, como diz o Professor Luckesi, estabelecer um grupo de estudos e análise sobre a avaliação, na tentativa de vencermos modelos há tempos superados.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

A preocupação constante com a aplicação de instrumentos para coleta de dados

Como professora já apliquei várias formas de avaliação, ou seja pensando que era avaliação,utilizei os instrumentos de formas variadas: já fiz aos pouquinhos(aproveitando a moda do processual) já fiz somente em dois momentos - no meio e ao término da unidade, já tentei recuperar o aluno paralelamente(de forma equivocada) já que paralelo é junto e não entre as unidades como eu fazia, já apliquei os instrumentos em grupo, em dupla, e tantas outras maneiras, hoje entendo graças a Deus que - aprendo com o outro, mas não aprendo pelo outro. Nesse sentido , eu buscava como professora organizar da melhor maneira, tentar ser mais justa e vencer conceitos estabelecidos de forma tradicional, no desenvolvimento da minha prática avaliativa - até a não avaliação já foi por mim defendida.
Hoje entendo o caratér formativo da avaliação, entendo que se ficarmos tentado mercantilizar, vender o produto aos pouquinhos, criar um mercado de troca - o quanto vale? Nunca iremos desevolver uma prática avaliativa que realmente contribua para auxiliar o processo ensino-aprendizagem, no entanto a educação sistematizada cumpre propósitos específicos, a não avaliação não pode ser defendida, ao mesmo tempo que não podemos esquecer o rigor necessário no desenvolvimento da nossa prática avaliativa - rigor entendido aqui como um ato responsável, ético, compromissado - Sendo assim , penso que o ato de avaliar na escola, independente da concepção de educação, de sociedade, de homem, tem que cumprir um papel específico - cuidar para que o aluno aprenda.
Por isso, hoje compreendo que a avaliação não acontece nos momentos estanques, mas sim em todo o processo de ensino - quando organizo e desenvolvo as minhas aulas estou o tempo todo avaliando - ao perceber o aluno ausente, ao perceber aquele que participa, que cumpre os rituais estabelecidos que se envolve, ao observar aquele que interage que faz as leituras que questiona, que duvida, que busca outras perspectivas, eu estou avaliando e ressignificando o cotidiano do meu espaço acadêmico.
Então a nota entra no meu espaço como algo estabelecido e que tenho que cumprir, importa menos a nota atribuida e mais o dia a dia constituido - a cada aula bem recebida, a cada tema envolvente que mexe conosco, ao ouvir os meus alunos quebrando paradigmas estabelecendo novos conceitos, isto tudo é o que me importa, a nota vai aparacer no momento em que tenho que atribui-la, mas mesmo assim, não é de qualquer forma, aleatoriamente, ela também é fruto do processo construido e da participação de todos os sujeitos.

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